“Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei de onde vem o tiro.”
(Herbert Vianna)
Faz tempo que não escrevo no meu estimado blog. Fui viajar, andei pelo mundo, conheci lugares e pessoas diferentes... Fui viver um pouquinho!
E pensei que a minha primeira nova postagem seria referente a essa deliciosa viagem. Mas fui obrigada a passar por aqui antes, pra escrever isso:
Saí do cinema como se tivesse levado um soco no estômago. Muda, triste! Porque o pior é que não se pode fazer nada! Seria preciso muitos "quereres" pra que algo mudasse. Mas as pessoas preferem sair e dizer: "nossa, que filme pesado"! E só. Viram as costas e lá vão elas viver suas vidinhas de falsa simpatia, de medo da mudança, de conformismo com a podridão.
Ou então dizem: "Vamos mudar no voto". Que porra de voto?! Voto em quem? Crença no que? É um bando de fracos que, ao menor sinal de ameaça, fogem, se vendem, se fartam da corrupção.
Sim, eu ainda posso me indignar, ainda posso me revoltar, ainda tenho voz pra gritar! Urubus imbecis que não percebem que a vida não é isso...
Não percebem que dinheiro acaba. Que a vontade de poder é a constatação escancarada do quanto suas vidas são vazias e pouco auto amadas. Precisam ter mais e mais pra tentar acreditar que não são essas bostas pequenas, mesquinhas e de alma podre! Que pena! Que dó! Porque somos nós que estamos aqui. E talvez somente os nossos tatatataranetos é que testemunhem alguma mudança, se é que haverá um dia.
Não, não uso a internet apenas para divulgar meu diário ou escrever “risos”. Acho que vale a pena se revoltar sim, porque ainda existe honestidade, ainda existem pessoas leais, fortes, incorruptíveis. Eu conheço algumas e espero que vocês conheçam também. E o melhor de tudo, ainda existe a Arte e pessoas com coragem pra falar e fazer um filme como Tropa de Elite 2. Ponto final.
