Aquilo que existe na alma, na cabeça e no coração...

domingo, 11 de abril de 2010

Poupar...

Estou aprendendo que todas as pessoas vivem se poupando.
Ainda realmente não sei o motivo principal desses comportamentos, mas estou tentando viver assim também.
Todos se poupam do amor, do sofrimento, da exposição, da vergonha (até de si mesmas), da coragem, da verdade.
Para dar carinho, elas se poupam. Dão pequenas demonstrações de amor em doses homeopáticas... pra não se frustrar, pra não se decepcionar, pra não se ferrar.
Para assumir verdades, elas se poupam. Dizem apenas algumas verdades e aquelas, as mais ferozes e esclarecedoras, são guardadas em cofres fechados.
Para dizer o que sentem, elas se poupam.
Pra que se expor, não é???

Mas na hora de machucar, de ferir, de usar as fraquezas alheias..... aí ninguém se poupa, não. Sai tudo a ferro e fogo, no ímpeto, na ira, na força, na auto-defesa enlouquecida e covarde.


Eu não era assim, devo confessar. Achava que só de amor poderia viver o ser humano. Só de verdades, sem proteções, sem barreiras, sem "auto-poupação"!
Mas estou tendo que aprender na marra.

A vida é tão curta e temos que ficar nos poupando de coisas!!! Blahhhhhh........
Posso até entrar nesse time dos poupadores, mas realmente ainda não sei o motivo.
Se todos pensassem com clareza, veriam que não faz sentido. O tempo tem pressa e ele está correndo.
E as pessoas continuam se poupando de fazer coisas boas e exageram nas ruins. Todos tem medo de falar as palavras mágicas de doçura, mas não pensam duas vezes na hora de pisar na cabeça do outro. Que cruel, que triste, que mundo!

Não, meus caros, não se assustem! Não ficarei a vida toda reclamando ou lamentando pelas coisas que não posso modificar. Porém, tenho o direito de não poupá-los da minha verdade... afinal aqui não é lugar para meias palavras, para aparências, para jogos, para doses homeopáticas!

Meu coração está em silêncio! Um silêncio que não me poupa de nada, mas que está me causando estranhamento. Não sou assim. Acho que me expûs muito profundamente e não fui poupada nem um pouco das loucuras e lixos alheios! Fui machucada! E merecia, sim, ter sido poupada!

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